segunda-feira, 13 de outubro de 2014

Crazy talk

sim, é assim que eu ando.
ouço-me e não me consigo parar
desatino, falo imenso, queixo-me que tudo está mal, fico tocada e profundamente emocionada porque o meu colega me vai buscar uma cadeira para eu me sentar mesmo ali a 2 metros da banda que eu gosto, só porque sugeri sentar-me no chão porque me doem as costas.
(e digo umas 5 vezes obrigada - não me calo, mas pelo menos desta vez foi com um grande sorriso)
saio à francesa porque ouvi uma resposta mais ou menos torta, fruto provavelmente do mau feito de alguns seres, especialmente irritantes e irritados no fim de tantas horas de trabalho em modo non-stop.

sinto-me com um peso absurdo no peito porque reconheço que ando chata e sempre a queixar-me e afinal toda a gente é linda e maravilhosa e eu é que devo ser palerma.

vou a uma festa daquelas que não acontecem habitualmente por cá, com pessoas vindas de toda a parte e mais uma vez, viro costas. fumo um cigaro a meias com um amigo que se diverte pq eu quando fumo (eu não fumo), é a meias. Em jeito de piada, digo que "fumo em part-time". Sorrio e boa noite.

em jeito de piada também, e para alijeirar o meu discurso que ultimamente anda assim, pesado, queixoso e um tanto amargo (ai meu deus que isto às tantas é da idade) digo que me aborreço a mim mesma com isto de me estar sempre a queixar e que "lá estou eu, até me queixo de me estar sempre a queixar". depois, com algum custo, calo-me.
respiro fundo e lembro-me que é temporário.
 felizente, a culpa (de vez em quando dá jeito "culpar", mesmo para quem, como eu, não acredite lá muito neste conceito) é das hormonas. sim, sou daquelas mulheres que sofre (e faz sofrer) com TPM.
sim, por cá, é quase sempre o fim do mundo, pelo menos uma vez por mês.