quinta-feira, 20 de dezembro de 2012

fim do mundo

o meu fim do mundo está a ser sabotado!

o stock de árvores de Natal e de Martinis parece ter esgotado
^.-

como é que se sobrevive a um fim do mundo destes?!

domingo, 9 de dezembro de 2012

é Natal aqui

iria passear contigo
pelo frio de Dezembro, aquecidos um pelo outro e pelas luzes de Natal.
e isto porque esta música me soa a Natal e a ti
sejas lá tu quem fores


terça-feira, 27 de novembro de 2012

Lugares para conhecer pessoas interessantes (I)

Ontem foi dia de aumentar os dadores de medula.
Como já sou há uns anos, fui na tentativa de dar meio litro do meu sangue.

O enfermeiro que me furou o dedo tinha um ar simpático. As mãos tinham os dedos finos e com ar delicado. Não gostei... Um homem quer-se com mãos fortes (pelo menos eu prefiro).
Continuando... é preciso dar mais do que uma oportunidade, por isso desliguei-me das mãos dele enquanto ele pegava nas minhas. Ele lá ia metendo conversa e já começava a fazer planos para depois. Tive de cortar o hipotético futuro logo por ali. Expliquei-lhe que eu não funcionava assim e que só se a hemoglobina permitisse é que daria sangue naquele dia. Até lá não não lhe podia responder sobre as minhas preferências de me furarem o braço esquerdo ou o direito. Ele educadamente reconheceu que se estava a entusiasmar. Segurou no meu dedo, com delicadeza para depois, zách! Espetou um alfinete e espremeu umas gostas de sangue para uma caixinha azul que ligou a um aparelho. 12,7: A resposta era afirmativa, eu daria sangue naquele dia. Ambos sorrimos. Eu para o resultado e depois para ele. Ele para mim e depois para o resultado.
Fui despachada para uma maca articulada com poiso para o braço esquerdo. É desse que me tiram sangue habitualmente. Eu não tenho preferências nesse departamento. Resposta dada. O enfermeiro desistiu logo de mim. E eu dele.
Enquanto lá estava, deitada, com uma agulha grossa espetada na veia, a sentir a minha seiva a ser sugada, fiquei a fazer uma data de filmes na cabeça (como sempre). E a amiga L a aturar os devaneios...
Mas é de um pensamento em especial, e não dos filmes, que queria falar.

Pessoas com uma saúde mais débil, ou com determinados comportamentos de vida, não podem ser dadores. Logo, um posto de dádiva de sangue pode ser um lugar interessante onde encontrar pessoas interessantes. Ora bem, interessantes não sei, mas saudáveis, generosas e com sentido cívico, devem ser.
Mas...Raios! há sempre um "mas"... Agora só volto a dar sangue daqui a uns meses, logo, este lugar está descartado. Não tenho paciência para esperar... principalmente por coisas incertas.
E de que é que eu falaria enquanto estivéssemos deitados, lado a lado, com agulhas espetadas nos braços? O mais provável era dizer uma palermice qualquer, completamente descabida ou despropositada, que é o que acho que acaba sempre por acontecer... 
Pior! Falaria da minha coragem em olhar para a agulha a perfurar o músculo e a veia e na sensação do sangue a ser sugado. Afugentava logo o homem que certamente preferiria meninas delicadas, com ar frágil e tímidas...
E isto levava-me para outro assunto... mas por agora fico-me por aqui.



sexta-feira, 23 de novembro de 2012

Prólogos

Paciência
é coisa que raramente tenho

Não posso dizer que já estou naquela idade em que não arrisco comprar bananas verdes porque posso não sobreviver ao seu amadurecimento. Claro que não, longe disso. Mas estou naquela idade em que não tenho grande paciência para esperar pelo desfecho demorado do prólogo.
O prólogo quer-se esclarecedor, rápido e eficaz. Assim sabemos se nos aventuramos no 1º capítulo ou se fechamos o livro que volta à prateleira.
Poderá ser também no decorrer do prólogo que nos apercebemos que afinal aquele não é um romance, mas antes um livro de aventuras, ou uma possível história de terror onde não nos queremos meter.

Nestas coisas, os nova iorquinos vivem a uma velocidade alucinante. Não tenho é a certeza se o prólogo deles é suficientemente esclarecedor.


leva-me

Há dias em que o que eu queria mesmo era que me viesses buscar e me levasses para qualquer lugar.
Que tu me levasses...

Hoje é um desses dias
Eu tenho tudo!
Só não tenho comparação....

^.-

quarta-feira, 21 de novembro de 2012

Cenas meladas (I)

Estava para aqui a pensar  com os meus botões e deparei-me com o seguinte:
Regra geral, quanto conhecemos alguém que nos desperta aquele tipo de interesse, há uma vontade de sermos melhores. Deve portanto ser essa a magia de nos apaixonarmos, transformarmo-nos em seres humanos melhores. (Seja lá o que for que cada um entenda por ser melhor)

quarta-feira, 14 de novembro de 2012

Hoje

Hoje é o dia em que se convoca greve geral, cá e ali ao lado, com os espanhóis.
Sempre me envolvi nas reivindicações em que acreditava e cheguei até a organizar algumas.
Hoje, a escala é maior e o sentido também. As consequências também o poderão ser.
Hoje, sinto-me um tanto perdida.
Ir ou não ir, eis a questão...
Acredito que muitas coisas devem e têm de mudar, nem que seja pela força das circunstâncias, ou seja, pela mão invisível de Adam Smith...
E uma greve geral desta dimensão poderá chamar a atenção ou assustar quem se pretende. Mas será isso a fazer diferença? Será esse o caminho?
Ao almoço uma amiga dizia que a nossa geração não terá capacidades de fazer grandes voos. Isso é absolutamente assustador, aterrador... e não, não acredito. Isso só é verdade para quem não voa e ponto. Os grandes voos poderão até ser mais altos agora. Só porque a força do impulso é também muito superior.
Hoje ao almoço, fomos abordadas por 3 pessoas. De manhã já tinha sido abordada por outras. Pessoas que pedem. Para comer ou para o raio que bem entenderem. Nas últimas semanas tenho visto rostos novos, destes que estendem a mão com o olhar. Sempre no percurso casa-trabalho-casa, que não tem talvez nem um quilómetro. O do senhor com os seus 70 e tal anos, cabelos brancos e olhos claros, com um belo sorriso a tocar harmónica, é o que me toca a mim e parte o coração. Olho-o nos olhos por um fragmento de segundo e é o suficiente para ter um nó na garganta e um mar nos olhos que não deixo que avance.

Escrever ajuda a clarear ideias, mesmo que o texto seja um emaranhado pouco claro delas.
Escrevo como o meu pensamento flui... sei que salto de um lado para o outro.Sei que pode ser realmente estranho...

Vou arrumar as minhas coisas e vou para a rua. Aqui já não precisam de mim.


quarta-feira, 31 de outubro de 2012

Sem título

Ali estava ela, sentada, à espera.
Os olhos começavam a ficar húmidos.
O comboio que tinha chegado há cerca de meia hora, tinha trazido pessoas sorridentes. Os abraços e os beijos de alegria tinham feito o tempo voar. O fim da espera de todos os outros tinham-na distraído da sua.
Agora o comboio partia. O barulho e o alarme da estação despertavam-na dos momentos felizes anteriores. Minutos depois de o comboio ter desaparecido na linha curvada, ela via a estação novamente vazia, ou quase. O silêncio era pesado, tão real que lhe lembrava que os seus sonhos não se realizavam. Nunca teria aquele enontro, nem ali nem noutro lugar. Nem com ele nem com mais ninguém.
Naquele momento ela soube que ele não apareceria. Nem estaria ali escondido, a vê-la de longe. A descobrir-lhe o sorriso, o olhar, as ondas do cabelo. Nunca conheceria os sonhos dela nem nunca a abraçaria ou sentiria o seu perfume, nem ela o dele.
A visão era turva, as lágrimas velozes acariciavam-lhe o rosto e desapareciam nos seus lábios. Ela sentia o sabor daquele despertar. Atava-lhe a garganta e o ar faltava-lhe.
Com a ponta dos dedos limpava o excesso de lágrimas para tentar ver.
Levou a cabeça para trás e olhou para cima. Achava que veria o céu, um horizonte longo que lhe permitisse respirar fundo. Em vez disso, via um tecto escuro, metálico, industrial. Alto, mas pouco profundo.
Finalmente respirou fundo, muito profundamente. Preparou-se para se levantar, como se para mergulhar num rio frio se tratasse. Encheu-se de coragem e num impulso pôs-se de pé.
Não sabia para onde iria, apenas que o caminho agora seria sair da estação.
Precisava respirar ar novo, frio, que lhe despertasse o corpo e a fizesse sentir viva novamente.
Sorriu quando olhou para as mãos e as sentiu ainda húmidas das lágrimas agora enxutas. Sentia-se viva já. Com aquele cheiro abafado da respiração pesada de todas as pessoas que ali passavam, o nevoeiro que entrava pelo túnel, o cheiro do cimento molhado, do óleo e do ferro das linhas.
Sim, era aquilo que a fazia sentir-se viva. Todos os cheiros e ruídos que a envolviam.
No primeiro passo que deu, um braço puxou-a e ao mesmo tempo e foi obrigada a voltar-se. Seria ele? Não conhecia aquele rosto. Não conhecia aquela voz. Com a outra mão, ele apontava-lhe a bolsa esquecida no banco da Linha 2. Ela sorriu e agradeceu vagarosamente. Tentava processar aquele novo momento. Soltou-se e ao chegar à bolsa ouvi-o a chamá-la. Perguntou-lhe se ela saberia onde era o Parque Século XXI. Estava a fazer um trabalho qualquer sobre arquitectura e queria fotografar qualquer coisa que ela não reteve. Ela abanou a cabeça e disse que não. Também era estrangeira naquela cidade. Ele percebeu que ela tinha chorado. Tinha manchas de rímel desbotado no rosto. Perguntou-lhe se estava bem e se queria tomar um café. Ela riu-se. Estava óptima na verdade. Já tinha vivido, processado e arrumado aquele desencontro.
Sorrindo, acenou com a cabeça e disse que um café lhe saberia muito bem.
À saída da estação, aquele ar renovado fê-la abrandar. "Não, não posso" disse parando. Disse que não se tinha dado conta das horas mas teria de apanhar um novo comboio. Iria para outra cidade fazer uma surpresa à sua prima.
O olhar dele era quase triste ao despedir-se dela. Viu-a a entrar na estação e deu-se conta que nem tinha perguntado o seu nome nem sabia de onde era aquela estrangeira. Seria francesa, italiana, espanhola?
Enquanto ela entrava, pensou para si  mesma que alimentava histórias demasiado depressa e tudo o que precisava era de tempo e espaço para ela. Por mais simpático e interessante que ele pudesse parecer ser,  ou que parecessem ser os homens com quem se cruzava. Repetia agora para si mesma que se afastaria e que deixaria sempre espaço suficiente para que alguém que a quisesse conhecer, tivesse de querer o suficiente para percorrer a distância a que ela se manteria.

segunda-feira, 22 de outubro de 2012

Vamos mudar o mundo!

Global Sustainability Jam

Em Novembro, em todo o mundo, vão ser promovidas jam sessions, não de música, mas de ideias. Ideias que pretendem mudar o mundo, para um mundo melhor.

Portugal marca presença com duas cidades, Braga e Lisboa.

Braga Sustainability Jam





quinta-feira, 18 de outubro de 2012

respirar fundo

precisa de respirar verde, frio, cheiro a lareira, montanha, lago
um horizonte verde que lhe afague o rosto, que lhe abra o peito
que a sossegue e a segure por uns dias,
não muitos, só os suficientes para que ela possa dormir e reaprender a respirar

um lugar secreto, sem despertadores e protegido do mundo


elas sabem tudo

quinta-feira, 11 de outubro de 2012

é tudo uma questão de espera

há muitas coisas que quero conhecer, muitas que quero aprender.
mas preciso de tempo e de disponibilidade mental.
é que por muito que queira, às vezes não quero o suficiente ou outros interesses se impõem.
dias depois, olhando para trás, há um misto de uma quase frustração-arrependimento que me invade.
o que eu poderia ter feito e não fiz...
mas, se me instalassem um programa que eu fizesse correr e então teria aprendido e conhecido mais de tudo ou parte do que quero, seria o apanhar de horas "mal aproveitadas". uma viagem ao passado com direito a projecção para o futuro. uma viagem económica em primeira classe.
ainda assim, não. não quereria um programa que corresse.
porque aprender e apreender requer o seu tempo, quase sempre demorado. e é nessa demora que se cria espaço para emoções que consolidam o que de novo se nos apresenta.
este processo proporciona um prazer que nos transporta, onde a curiosidade, que fica mais intensa com o tempo de espera, funciona como preliminar, aguçando e despertando sentidos. se a curiosidade for grande, e a mente aceitar o que vier, maior será a probabilidade de um intenso prazer.




domingo, 30 de setembro de 2012

Macadame

e perante a sonolência obrigatória no dia seguinte a uma semana trazida às costas
vem um amigo que nos dá um empurrãozinho em jeito de boa noite
"dorme, dorme" diz ela e dedilham eles

amigos, uma noite bem embalada


quinta-feira, 13 de setembro de 2012

packing

:)
este post começa com um sorriso!
amanhã faço a mala para levantar voo e aterrar num paraíso de areias e águas claras, em boa companhia.
vou repousar, afastar-me do trabalho, dos compromissos, das horas marcadas e de uma data de regras.
vou mergulhar, suster a respiração, deslizar pela água, apanhar conchas, vestir roupas leves e andar descalça a maior parte do dia
vou adormecer na areia, acordar com o mar
acabar um livro e começar um novo
rir-me e carregar baterias
inspirar-me para o que há-de vir e respirar fundo

terça-feira, 4 de setembro de 2012

Horizonte

E agora, com o deserto como certo
consigo respirar mais fundo e dormir melhor
A ressaca de um horizonte mais profundo que acalma as minhas inquietações.
Será do silêncio, do não cheiro, do ar que se respira, ou da altitude que me altera as percepções?
O certo é que a minha escolha é que me leva para determinado destino
E essa escolha é que me tira o sono e me altera o ritmo do peito (do coração e dos pulmões)
Não sei se quero este deserto ou o outro
  É que o deserto é diferente à medida que se avança, e este eu já o percorri quase todo
as pistas serenas, as pistas deslizantes, as pistas rochosas, as pistas de farinha, as pistas aos solavancos, as pistas lamacentas e as pistas dinâmicas.
Outros horizontes  me despertam (curiosidade) e eu não sei se continuo embalada pelo conhecido ou acordo para o conhecer


going for a ride


to south


 

domingo, 2 de setembro de 2012

quinta-feira, 23 de agosto de 2012

"Não devia pensar tanto. Ça c'est mauvais. A cabeça é como o céu. Sempre às voltas, às voltas. Mas muito lentamente. Quando pensa, fá-la andar demasiado depressa. Então dói."
in O Céu Que Nos Protege

domingo, 19 de agosto de 2012

quando falham as palavras...


Aparentemente não há vídeos oficiais
uma oportunidade para experimentar fazer algo novo

8 meses recheados

há 8 meses que não tenho férias
as responsabilidades do meu trabalho,
o cuidado que exige,
o stress que acarreta.
o raio do 2º curso que está sempre quase a acabar,
os trabalhos para entregar, para apresentar, para defender,
os exames;
o trabalho final de curso, as filmagens de madrugada, a produção, a escolha de actores, de planos e de equipa, a realização, a edição e re-edição...
a estreia que não sai.
os bolos
as reuniões
o cinema
o festival
as saídas
os copos
os amigos
os conhecidos
os desconhecidos
as conversas
as noitadas
a família
os filmes
as séries
os livros
os encontros e desencontros
as caminhadas
os passeios
o sofá e a televisão ou o computador
o telefone
o telemóvel
as chatices
os desabafos
os conselhos
a paciência,
mas mais a falta dela.
estou cansada
às vezes acho que sou capaz de começar a bater nas pessoas...
dormir, preciso de dormir
digo para mim mesma que é desta que mudo de horários e me imponho horas para dormir
acho que sim
setembro parece um excelente mês para reescrever os meus dias
mas para já faço uma pausa
depois logo vejo
...

sexta-feira, 17 de agosto de 2012

tirar a mala de viagem do armário do escritório
abri-la em cima da cama, sentir ainda o cheiro da última viagem
[não reconheço
não foi comigo, mas sei que foi até Madrid]
procurar nos bolsos por algum artefacto que avive memórias
como sempre, não há nada
a limpeza foi feita no regresso da última viagem

foi tão engraçado quando encontrei uns dirhams num dos bolsos da mochila
não descobri como lá foram parar...
já vai há uns 10 anos...e ainda lá estão na caixinha dos trocos estrangeiros
nunca os reutilizei... (rituais estranhos estes)

a cama fica como que uma manta de retalhos
dividida por cores, categorias, utilizações
e sou prática, muito prática
levo tudo o que preciso e tenho quase sempre a mala mais pequena
gosto de pensar em tudo
a minha mente funciona em visão aérea
todos os detalhes estão lá
os que não estão são as surpresas que transformam alguns momentos em recordações mais, ou menos, engraçadas
e não me importo nada

primeiro apercebi-me que era prática e pensava em (quase) tudo
depois apercebi-me que quando algo escapa, não há qualquer problema e vivo tão  bem com isso
em viagem está sempre tudo bem
se não há música eu canto, nem que seja apenas na minha cabeça
se não há livros, escrevo ou desenho
e se não há papel ou lápis, entretenho-me sempre com outras coisas
há em especial a parte que mais preenche
a observação
quando estou a "não fazer nada" a minha mente estará possivelmente a fervilhar
há tanta coisa a olhar!
cores, cheiros, sons, movimentos, comportamentos, e tudo isso dá lugar a mais e mais pensamentos e raciocínios e ideias e tanta coisa...
é preciso ter calma para me reter mais aqui e ali
e controlo para não tropeçar

está quase



sexta-feira, 3 de agosto de 2012

desabafo

se antes de um desabafo ser libertado,
é pedido que o guardem bem e não o deixem fugir
por que raio encontro o meu desabafo no peito de qualquer outro
porque o primeiro o deixou ir?


never trust people who are not able to keep a secret

quinta-feira, 2 de agosto de 2012

O tempo está bom para o que bem entendermos


esta música soa-me a um final de tarde
num regresso da praia, com a pele salgada
o cheiro a maresia nos cabelos ondulados
a areia a picar na pele e a brisa marítima a acariciá-la


dia 1 de Setembro, no Parque da Ponte em Braga

festival Ponte Party People

quarta-feira, 1 de agosto de 2012

O Céu Que Nos Protege

vai fazer uma pausa agora
vai mergulhar até Tânger
não que goste muito daquela cidade, gosta mais das histórias que a cidade tem para contar de há umas décadas atrás. e por isso vai viajar até aos anos 40. de lá vai descendo para sul e descobrir um pouco mais.
conta demorar-se um pouco, só até adormecer, enquanto o céu a vigia

em breve liberta o livro que volta para a sua prisão temporária, naquela 3ª ou 4ª prateleira de literatura estrangeira do rés do chão



quando entra ali, olha para todos aqueles rectângulos, com cores diferentes, fontes diferentes e consegue ler um ou outro título. mas fica inquieta, nunca consegue demorar-se muito. se primeiro o entusiasmo a invade e tem vontade de passear por ali, logo a seguir sente a tensão dos livros que ali lhe gritam. consegue distinguir bem aquela voz aguda que diz "pick me, pick me! choose me!"
e ela pega naquele que já tinha escolhido quando se decidiu dirigir lá. segue para o balcão, entrega o cartão, assina o talão e quando sai para a rua, respira fundo finalmente. olha em frente e sente-se quase como uma criança orgulhosa do seu material escolar novo.

agora precisa encontra um lugar onde possa mergulhar durante o dia. o centro da cidade é bonito e cheio de cafés. mas ainda não encontrou O lugar.
por isso partilha a cama com ele apenas durante a noite, durante o dia ele adormece para acordar quando ela voltar.

terça-feira, 31 de julho de 2012

a estupidez humana parece não encontrar limites e arranja sempre novas formas de nos surpreender...
ora bolas...

uma excelente oportunidade para responder com silêncio
o problema é que a estupidez tolhe o entendimento e as capacidades cognitivas dos seus hóspedes...

segunda-feira, 30 de julho de 2012

respostas silenciosas

é sempre interessante chegar ao trabalho, cumprimentar os colegas e obter silêncio como resposta....
"voto de silêncio" era o que estava escrito na folha de papel que me mostrava um deles
"se a estupidez fizesse um voto de silêncio é que era" pensei eu
(não a dos meus colegas, que essa até me inspira e nem é propriamente estupidez)

e a propósito disto, lembrei-me das respostas silenciosas (das que dou e das que também recebo, às vezes....)
eu cá acho que o silêncio é uma excelente resposta (como tantas outras) que a maior parte das pessoas não entende ou não aceita...

ANY WAY THE WIND BLOWS

Em Julho, o Cinema de Almofada apresenta-se fora de portas e HOJE a sessão é no terraço do  Factory
(para chegar lá vejam aqui).


O filme é ANY WAY THE WIND BLOWS, de Tom Barman, vocalista dos dEUS
Já o vi há uns anos e gostei bastante! A banda sonora continua a tocar no carro e abre com este tema que gosto particularmente...



Cinema de Almofada nasceu da ideia de um conjunto de pessoas com uma paixão em comum, o cinema.

Aliou-se a vontade de dinamizar a oferta de cinema em Braga, propondo uma alternativa à programação comercial, com filmes diferentes e a preço zero para o público.
Sendo necessária uma sala residente, a Videoteca foi disponibilizada pela Câmara Municipal de Braga e tornou-se o espaço habitual da programação do colectivo. A ideia da almofada surgiu para tornar o espaço um pouco mais confortável. Durante o intervalo é servido gratuitamente bolo e chá (ou limonada no verão).


domingo, 29 de julho de 2012

papilas gustativas

"às vezes, por um bom prato ou um grande amor,
o homem é capaz de fazer uma viagem de muitos quilómetros"
chef português, emigrado no Brasil

sexta-feira, 27 de julho de 2012

wasabi

está com desejos de sushi
poderia ir sozinha mas hoje quer companhia
poderia ser um amigo
mas quer histórias novas, por isso prefere um desconhecido
e tudo o resto são reticências de quereres

quinta-feira, 26 de julho de 2012

WTF

De todas as expressões inglesas que traduzem determinadas emoções, para as quais não encontro congénere portuguesa, esta é a que hoje não me sai da cabeça:

WHAT THE FUCK?!!!!!!


...
respira fundo
...
conta até 10
...
conta em ordem decrescente
...
canta
...

quarta-feira, 25 de julho de 2012

Braga, a cidade dos 3 Pês

Dia 1 de Setembro acontece a 4ª edição do Ponte Party People.
A ideia deste projecto surgiu num grupo de amigos, que não sabem estar parados e acham piada fazer coisas de borla para quem quiser apreciar uma tarde e noite repleta de actividades onde a música é fundamental!

O local é convidativo: Parque da Ponte
Este ano com uma novidade fresquinha, estende-se até às piscinas ali ao lado, com muitos DJs a dar música durante a tarde.





terça-feira, 24 de julho de 2012

Pagarem-me 10.000 € para andar 2 semanas numa ilha qualquer a mapear a zona e a conhecer como a palma da mão o território, costumes e ainda conhecer a população local???
Eu fazia-o de borla!!!

FUGAS | NOTÍCIAS: Procura-se exploradores para ilha paradisíaca. Duas semanas de «trabalho», 10 mil euros de salário



Acho que gosto mais do pai do que do filho


Tim Buckley - Pleasant Street



especialmente esta...

Programas de café

Sempre me intrigaram as televisões em cafés e restaurantes...
Hoje que tomei o pequeno-almoço num, tinha a cerca de dois metros de mim um daqueles ecrãs planos com não sei quantas polegadas, e nos poucos minutos que lá estive vi que a Paula Bobone estava a mostrar a vida dela em fotografias (mas o que é que isso interessa?) e que a Teresa Guilherme iria apresentar a Casa dos Segredos 3 (esta merda ainda existe?).

Lembrei-me que há uns anos atrás, acerca da  influência dos desenhos animados no desenvolvimento das crianças, ouvi uma das responsáveis pela programação infantil da RTP2 dizer que a televisão é, para muitas crianças, uma babysitter. Que muitas crianças não tinham os pais à sua espera no regresso da escola para perguntar como lhes tinha corrido o dia, para ajudá-los nos trabalhos de casa ou para conversar com eles sobre qualquer assunto. A televisão tinha, portanto, um papel importante na educação e desenvolvimento dos mais pequenos e a programação deveria ser cuidadosa e ter presente a responsabilidade do seu papel na sociedade portuguesa. Aquela ideia ficou-me na cabeça.

Se nos mais pequenos pode ter importância, nos graúdos também...
Então por que raio a programação é tão foleira?! Tenho ideia que os programas são parvos... com assuntos mesmo parvos! Depois há uma data de gente parva.... mesmo parva...





e depois...

penso (nisto), logo o medo passa

...


Tenho tentado escrever como achava que conseguia
mas apercebo-me que nunca o soube fazer...
pior é que agora tenho medo de partilhar
medo
eu que era a mulher sem medos....